Pessoal,
Disponibilizo esta reportagem veiculada no Globo Rural, no último final de semana, sobre os trabalhos da Embrapa para tornar a pecuária mais sustentável. Uma das tecnologias que estamos desenvolvendo atualmente é a integração Lavoura-pecuária-floresta - iLPF. Esta tecnologia refere-se à integração de atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área e também no tempo.
Os seus benefícios se estendem pelo plano econômico, social, produtivo e ambiental.
SEndo assim, quero ouvir a sua contribuição, sua experiência, suas críticas e também suas dúvidas.
Respostas
Exatamente.
Uma coisa é preservar alguma árvores, que já estavam na área, para proporcionar sombra para o gado (bem estar animal). Outra é plantar árvores no espaçamento comercial e, assim, atingir dois objetivos: bem estar animal e diversificação da renda (extração e comércio de madeira ou lenha).
Obrigado por compartilhar as informações e as fotografias!
Bom questionamento.
Veja, creio que são situações que não se comparam. Uma coisa é aproveitar uma área onde existem árvores isoladas que já existiam. Neste caso, o seu aproveitamento econômico, provavelmente, não irá proporcionar aproveitar o maoir valor agragado do produto florestal, tendo em vista que estas árvores não foram manejadas com este objetivo, como você pode observar na imagem abaixo.
No caso do plantio intencional de árvores, com é o caso da maioria dos sistemas onde se planta eucalipto em áreas de pastagens, o sistema já é condizudo prevendo-se o manejo das árvores para o aproveitamento do produto florestal, o que agrega valor à madeira (imagem abaixo).
Sim, muito interessante esta mudança no sombreamento. Obrigado por compartilhar.
Minha dúvida inicial era sobre uma situação que observei no Mato Grosso - estive lotado em Sinop, de janeiro de 2012 a março de 2013. Verifiquei algumas fazendas de criação de gado, onde os proprietários deixavam algumas árvores isoladas na pastagem, ou pequenos grupos aqui e ali (5 a 10 árvores). Quando perguntei o que eles pretendiam com aquelas árvores, responderam que o gado precisava de sombra, durante algumas horas do dia. Então, o produtor não pensava na extração comercial de madeira, mas somente no bem estar animal. Daquilo que você explicou, em algum momento, algumas árvores terão que ser removidas do sistema, seja como madeira para indústria, seja como lenha. Mas talvez o retorno econômico desse desbaste seletivo seja menor do que o cultivo, por exemplo, de eucalipto em iLPF convencional para extração comercial de lenha e de madeira?
Somente para materializar o que disse, veja esta apresentação: são sequencias de imagens da mesma área em anos diferentes...observe como o sombreamento muda.
São duas fazendas diferentes que acompanhamos. As fotos foram feitas por mim mesmo.
PERSIO SANDIR DOLIVEIRA disse:
sombra.pps
Obrigado, Müller!
Sim, a arborização de pastagens É uma forma de sistema silvipastoril. Este sistema está enquadrado no conceito de iLPF. Entretanto, é importante lembrar que as árvores crescem e com isso promovem sombra. Apesar de se saber que a sombra promove alguns benefícios para a qualidade da forragem (vários trabalhos realizados demonstram isso), o seu excesso é um fator limitante para o crescimento da gramínea. Sendo assim, o manejo das árvores, por meio de desramas e desbastes, se torna essencial para a sustentabilidade do pasto. Desta forma, uma vez que a remoção de árvores do sistema é uma ação quase que inevitável, creio que deve-se considerar o seu aproveitamento comercial.
Prezado Müller,
A arborização de pastagens, de modo a fornecer sombra para o gado, SEM extração de madeira, poderia ser considerada um tipo especial de iLPF?
Obrigado, Cláudio e Muller.
Isso mesmo,
O mais importante é manter a cultura do milho livre de matocompetição, como disse o Cláudio.
Assim, dependendo da estratégia adotada e das espécies utilizadas, este controle será diferente.
Paulo M. O. Amaro disse:
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